A semana começou com uma polêmica, reflexo de notícia do final da semana passada. Por alguma razão misteriosa, uma jornalista de um grande veículo, ao fazer matéria informativa sobre um evento, iniciou o texto desqualificando outro. Difícil entender qual a necessidade disso, mas enfim, nem sempre as coisas são feitas por necessidade.
No referido texto, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança foi conceituada como uma "miscelânea sem critério". Realmente, miscelânea define bem o projeto, o que, de fato, é motivo de orgulho, e não de vergonha. Quanto a critérios, existem muitos. São definidos e aprimorados ano a ano, discutidos em Assembléias da Categoria e compõe o Edital de Participação, pelo qual todos os espetáculos precisam passar para então compor a programação. Um detalhe que considero importante ressaltar é que são critérios de inclusão, e não de exclusão. Uma das características da Campanha de Popularização é ser democrática e aberta a todos os artistas e produtores interessados. Seus critérios não têm por objetivo impedir ninguém de trabalhar.
Como a boa miscelânea que é, o evento reúne o mais amplo leque de tendências, linguagens, estéticas e todas as demais escolhas que compõe a concepção profissional de uma produção em artes cênicas. Este dado pode ser comprovado em sua "miscelanica" programação, que atende o também variado público da cidade, este sim, foco do projeto.
Em um outro contexto, Vinícius de Morais escreveu a letra da canção "Como Dizia o Poeta" que pregava: "Pra que somar se a gente pode dividir." Com o devido respeito ao mestre, digo: Pra que dividir, se a gente pode somar?
E então, vamos puxar um viva para a diversidade? Eu começo.
VIVAAAAA!